quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Louise Bourgeois...a mulher-aranha.


Nascida em Paris, no dia de Natal de 1911, e residente em Nova York desde 1938, Louise Bourgeois foi uma das maiores artistas da segunda metade do século XX e início de XXI. O seu trabalho, que tem percorrido o Surrealismo, o Expressionismo Abstracto e o Minimalismo, oscilando entre a geometria abstracta e realidade orgânica, escapa a todas as tentativas de classificação artística. Ela desenhou, pintou, esculpiu, criou enormes instalações, gravuras e um infinito número de objectos, utilizando todos os tipos de formas e materiais (madeira, papel, metal, látex, tecido, mármore, etc).

"De forma a expressar as insustentáveis tensões familiares, eu tinha de expressar a minha ansiedade em formas que eu pudesse modificar, destruir, e reconstruir"


Baseada na sua memória, emoção e reativação das lembranças de infância (fala muitas vezes na sua mãe protectora, daí a sua aranha gigante), Louise Bourgeois seguiu uma abordagem subjetiva, trazendo para a arte conceitos feministas e psicológicos antes de estes fazerem parte da cultura popular, marcando as suas exposições por uma intensidade emocional e erótica.

"A 'Aranha' é uma ode à minha mãe que era a minha melhor amiga. Como uma aranha, minha mãe era uma tecedeira. A minha família restaurava tapetes e a minha mãe dirigia a oficina. Como as aranhas, minha mãe era muito inteligente. Aranhas são presenças amigas que comem mosquitos. Sabemos que os mosquitos espalham doenças e são por isso indesejáveis. As aranhas ajudam e protegem, tal como minha mãe".


Em 1949 realizou a sua primeira exposição de escultura e, nos anos de 60 e 70, os seus conteúdos tornaram-se mais sexualmente explícitos. O seu trabalho começou a ser apreciado e reconhecido na década de 70 como resultado da mudança de atitude em relação ao feminismo e ao pós-modernismo. Em 1992 desenhou o pavilhão americano na Bienal de Veneza e participou na Documenta 9 em Kassel.
A sua obra está presente nas coleções de museus como o British Museum, Londres, Guggenheim Museum, Nova Iorque e Bilbau, Kunstmuseum Basel, Basileia, Musée National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Tate Gallery, Londres ou o Whitney Museum of American Art, Nova Iorque.
Louise Bourgeois morreu, calma e serenamente, em Nova Iorque, a 31 de Maio de 2010 com... 98 anos!

FerdoS

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

XVII Galeria Aberta de Beja 2011


Inaugurou a 12 de Novembro e decorre até 30 de Dezembro, em Beja, a XVII Galeria Aberta, uma exposição colectiva que tem batido sucessivos recordes de participantes. Este ano, a exposição conta com 303 artistas regionais, nacionais e internacionais, cujas obras de Pintura, Escultura, Desenho, Gravura, Serigrafia e Fotografia, foram distribuídas por três locais: Galeria dos Escudeiros, Hospital da Misericórdia (Hospital velho) e Casa do Governador, no Castelo de Beja. O motivo da dispersão deve-se às obras de requalificação do Museu Jorge Vieira, cuja conclusão estava prevista para novembro, e ao elevado número de obras a expor.


Das trezentas e três obras expostas, eis as apresentadas por Fernando Serrano, André Lança, Susa Monteiro e Carlos Ribeiro. 
Uma visita a colocar na agenda, e a cumprir antes do novo ano chegar...

FerdoS