terça-feira, 25 de maio de 2010

Define Moshe Shagal...


Moshe Shagal criou o seu próprio mundo, colorido de mitos e magia, cheio de estranhas criaturas e eventos miraculosos... Ainda assim, os seus trabalhos foram essencialmente baseados em memórias e experiências reais, que ele transmutou no caldeirão da sua imaginação. 
O Fauvismo e o Surrealismo, em particular, influenciaram as cores profundas do seu estilo, mas à arte popular russa foi buscar a fantasia e a simplicidade dos temas. 
Um homem quase inteiramente absorvido pelo seu trabalho e vida familiar, destinado a confrontar-se com as mais variadas culturas, a atravessar guerras e revoluções e a passar por fugas e também o exílio. 


Nasceu a 7 de Julho de 1887 no seio de uma família pobre em Pestkovatik, uma vila na província ocidental da Rússia czarista e que pertence agora à independente Bielorrússia. Poucos anos depois, os Shagal mudaram-se para uma cidade próxima, Vitebsk, e que se tornaria um dos principais marcos nos quadros de Moshe, o mais velho de nove filhos, nome mais tarde transformado para o francês como Marc Chagall. Cresceu na atmosfera fechada de uma comunidade judia da Europa Oriental que ainda era sujeita a perseguições. Inevitavelmente, o facto de Chagall ser judeu tornou-se uma das principais ameaças à sua vida e arte.


Muda-se para São Petersburgo, onde irá estudar, e após vários anos começa a ganhar reputação quando um patrocinador generoso, Max Vinaver, fornece-lhe os recursos para que se possa estabelecer em Paris, na época a indiscutível capital da arte do mundo ocidental.
Com Picasso, Braque e outros , Chagall explora técnicas modernistas, o Cubismo e as suas ramificações estavam a revolucionar as artes visuais , mas nunca abandonando a sua tónica pessoal. 
A Cidade Luz tornou-se a "Segunda Vitebsk" de Chagall. Em 1914, quando estava em visita à Rússia, rebentou a Primeira Guerra Mundial, e ele não pôde voltar a Paris. No ano seguinte casa-se com Bella Rosenfeld, a sua noiva desde 1909, celebrando o seu amor em uma série notável de obras que continuou a pintar mesmo após a morte da sua musa, trinta anos depois.


Regressa a Paris e em 1923 recebe do famoso comerciante francês Ambroise Vollard a encomenda de ilustrar uma clássica novela russa, Almas Mortas de Gogol. Ilustra posteriormente as Fábulas de La Fontaine e a Bíblia... Anos dourados se seguiram. Naturaliza-se francês e pouco depois inicia-se a Segunda Grande Guerra, mas Chagall demora a perceber o perigo de sua posição como judeu e como um artista condenado pelos nazis como "degenerado". Foi mesmo preso em abril de 1941, mas libertado graças à intervenção norte-americana, e apressadamente partiu para o exílio uma segunda vez, passando os anos da guerra nos Estados Unidos. Súbita morte de Bella, em 1944.  Volta a França em 1948, estabelecendo-se definitivamente no sul. Embora tenha viajado muito, os dias de fuga e exílio haviam acabado.
O resto da longa vida de Chagall foi devotado a uma criatividade imensurável. Morreu com 97 anos, em 29 de março de 1985 em Saint-Paul-de-Vance, na Riviera Francesa.


Recordemos Moshe assim:
'Chagall criou um mundo sem densidade nem peso físico, sobrenatural, com base em elementos líricos como ramos de flores, pares de namorados, violinos e artistas de circo flutuando através do espaço e do tempo.'

(Deux de ces peintures sont les photos prises par ma Pocket Girl, dans le Pompidou)

FerdoS

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Magical Combination...

E hoje... 
Abrimos por estes mares em tons de azul uma nova janela. Não será de telas, de quem as pinta ou pintou, ou de onde estão expostas e como lá chegar... Não, hoje não! 
Hojeee... Bom, vamos começar! 
... 
Lembram-se dos videoclips Enjoy the Silence e Personal Jesus?!... do filme Control sobre Ian Curtis?!... das fotos de The Joshua Tree ou Vienna?!...
Pareceu-me ver um sorriso por aí :) 
  


Anton Corbijn nasceu em Strijen, Holanda, no ido ano de 1955. Começou a sua carreira em Groningen, inicialmente com a câmara fotográfica do seu pai,  na captura de fotos de um concerto ao ar livre. Este vicio pela 'fotografia musical' apaixonou-o imediatamente. 
...
“I desperately wanted to see it, but didn’t have anyone to go with, so I took along my father’s camera to give me some sort of excuse for being there. I took a few pictures and sent them to a newspaper, which published them straight away.”


Atrás dessas fotos muitas outras se seguiram, e um grande jornal holandês deu-lhe trabalho regular e alguma notoriedade... 
Seguindo as pisadas musicais eis que... Próximo passo Londres! 
1979. 
Nesse novo percurso por terras de Sua Majestade surge uma banda que o iria fascinar, nomeadamente o seu vocalista Ian Curtis, acompanhando a sua ascensão e solidificando o seu gosto por este tipo de fotografia, falo obviamente dos Joy Division.  


A sua enorme criatividade abre-lhe as portas para um novo mundo e surgem convites para produzir capas de discos, livros, posters, exposições fotográficas e por fim videoclips. 
A meio da década de 80 abre a sua própria companhia de vídeos musicais e filmes. 
Em frente das suas duas Hasselblad passam celebridades do cinema, da escrita, da moda e música, tornando-se num dos mais solicitados fotógrafos e  produtores de videoclips. 
O seu segredo é simples... Amor pela música e afinidade natural pela câmara... A Magical Combination!  


FerdoS

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Anish Kapoor...from Bombay to London...


Num delicioso momento de criação, toquemos o céu nesses mesmos instantes... 
Cloud Gate, C-Curve, Chromophobia, Marsyas, Taratantara...e tantas mais...
...e da milenar Índia chega-nos o criador Anish Kapoor. 
Nasceu em Bombaim em 1954 e mudou-se para Londres em 1972 para estudar Arte, cidade onde vive e trabalha desde então. Obteve pós-graduação na Hornsey College of Art e  na Chelsea School of Art and Design e a sua primeira exposição individual aconteceu em Alexandra Patrice de Paris em 1980, atingindo rapidamente uma enorme reputação internacional. A partir daí, o céu seria o seu limite!  



Kapoor representou a Grã-Bretanha na 44a Bienal de Veneza em 1990 e foi premiado com o Best Young Artist Duemila. No ano seguinte, ganhou o prestigiado Prêmio Turner.Tem exposto a nível mundial, com destaque, mais recentemente, na Royal Academy of Arts, em Londres, o Deutsche Guggenheim, em Berlim, na MAK de Viena e no Instituto de Arte Contemporânea em Boston. Este ano colocou o seu toque em Bilbau, através de uma exposição itinerante organizada pelo Museu Guggenheim Bilbao, e que é a sua primeira grande exposição individual em Espanha. 
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As obras de Kapoor são frequentemente simples, formas curvas, normalmente de uma só cor ou brilhantemente coloridas. Na maior parte dos seus trabalhos, a intenção é prender a atenção do público, invocando um mistério através das cavidades escuras das peças expostas, com o seu tamanho e beleza simples.

FerdoS


domingo, 2 de maio de 2010

Enock & FerdoS II

" 'No âmago do silêncio O Encontro aconteceu...'
- A tua inspiração e a tua Arte -
'As duas metades da mesma Alma'
- Que percorrem unidas - " 
"O aroma verde de vegetação 
O aroma azul do mar 
O astrolábio que nos guia e faz prosseguir, 
por fé... por inspiração... 
pela devoção... pela Arte." L.P.


"Foi com imenso prazer que os teus quadros acompanharam este café e este chá... 
Continua a proporcionar a outros, momentos de contemplação, convívio e  partilha de algumas coisas." M. 

"Segundo ouço dizer 'Setúbal é uma cidade rica em cultura' e artistas e esta é uma belíssima ocasião de sentirmos brevemente a Alma de dois pintores que, a deixarem o sonho acontecer, podem abrir asas e voar, basta apenas Confiar. E não será essa a chave de toda a jornada?!
Parabéns pela iniciativa, espírito e entrega!!!" G.M.

"É bom reencontrar velhos amigos e descobrir os seus talentos. Adorei. 
Obrigada pela exposição e pelo reencontro. Espero que haja muitos mais." J.P.

"Be you!..." A.


"Boas Experiências" S.M.D.

"Apesar de não estar apta a apreciar as obras expostas sob o ponto de vista técnico, e remetendo-me apenas a uma apreciação sob os aspectos estéticos, de trabalho desenvolvido e criativo, devo felicitar ambos os artistas por esta amostra aqui exposta no 'La Bohème'. Muito para além da técnica e do visível está o invisível sensitivo... E por isso os meus mais sinceros Parabéns!" J.

...alguns comentários seleccionados... 
E, em meu nome e do Enock, obrigado a todos os visitantes e participantes... Até já! :) 
FerdoS