segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Lin Onus e a sua Aborigene Austrália...


Filho de um pai aborígene e uma mãe escocesa, Lin Onus iniciou desde muito cedo um esforço enorme para descobrir a sua própria identidade, penetrando nas raízes da ancestral Austrália em fusão com a europeia educação materna .
Nessa sua descoberta ele misturou os estilos indígena e ocidental na sua maneira original de australiano ser, estar e criar.

William McLintock Onus nasceu em 1948 em Melbourne, Austrália. O seu pai pertencia aos Yorta Yorta, povo da região de Forest Barmah, local que serviu de inspiração para a pintura e escultura que iniciaria em 1974, embora, tendo anteriormente ajudado o seu pai a esculpir artefactos para o mercado do turismo. Criou obras que, não só eram australianas, bem como indígenas, mostrando o que é ser um aborígene australiano citadino. 


Ajudou a aumentar a visibilidade da arte indígena, sendo inclusive um dos líderes do urbano Aboriginal Art Movement, sendo o seu trabalho mundialmente apreciado por suportar uma grande habilidade técnica quanto à mistura de vários estilos. Lutou incessantemente pelos direitos desse seu povo, seguindo as pegadas do seu pai,  e toda a injustiça social que sofriam (e sofrem ainda!). Morreu prematuramente com 48 anos, num destino que, infelizmente, recai sobre muitos dos aborígenes neste grande país.
...
Meus amigos(as)... Bem-vindos a esta deliciosa fusão Australiana!

FerdoS

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Rituals, Discoveries and Devotion ...


( Rituais, Descobrimentos e Devoção - 1993 - 100x70) 
ϜSΣRRANΦ ©

Explore the dense equatorial vegetation 
From aromatic green and terracotta besieged 
Hallucinations and delusions in shades of blue 
As waked dreams away from the coast ... 

Quadrants, astrolabes and windroses 
Have not you may re-orient 
The sea was always shy with the pier 
Where naiads and mermaids rehearse their songs ... 

Continue is the voice on behalf of divine faith 
In the name of a king, on behalf of us 
Blind is the law that makes the freedom of the free 
Prisoners in a thousand fetters on each foot ... 

Rituals, Discoveries and Devotion 
What you have become humble be 
Sword and sandals of red drained 
Crucified Heart and tearing Soul

<15.02.2010 by FerdoS> 

FerdoS

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

...como algo que provoca extremo prazer!


Passado.
Estamos em 1980. Atrevendo-se a enveredar por um negócio com forte concorrência, um jovem com apenas 18 anos, deixa de ser um simples coleccionador de Comics e abre a sua livraria, completamente dedicada a essa temática.
Quatro anos depois, e após conhecer as atribulações próprias de qualquer negócio, Benedikt adquire 40 mil exemplares de um livro sobre Magritte. Foi um êxito total, o que tirou a empresa de apuros e abriu caminho a nova política editorial. Um ano depois é publicado o primeiro título de arte, da série de pequenas dimensões, dedicado a Picasso.
Desde aí, a Taschen conheceu um êxito internacional, com um slogan muito convidativo:
“ Nunca as obras de arte custaram tão pouco”


Presente.
Benedikt Taschen têm quarenta e muitos anos, cabeça raspada, irónico até o último fio de cabelo, é milionário a ponto de morar numa mansão em Colónia e ostentar uma das mais respeitadas colecções europeias de arte contemporânea. Paradoxalmente, abomina gastar dinheiro com automóveis e tem uma relação algo desligada com a moda.
Actualmente, a Taschen, publica em mais de 20 idiomas e já possui livrarias próprias e edita, com especial notoriedade para a Arte, Fotografia, Design e Arquitectura, lançando para o mercado os mais diversos temas, sejam eles sexo, poesia,  cenas dos filmes de Stanley Kubrick, fotos feitas com máquinas Polaroid, o interior das casas suecas e o exterior das obras de Frank Lloyd Wright. São livros que podem exibir porcelanas da dinastia Ming mas também brinquedos de latão da antiga Alemanha Oriental. A regra, se é que ela existe, é única: os volumes devem ser atraentes. De resto, vale tudo.  
“Quem gosta de ver livros certamente os lerá em seguida”.


Quando induzido a comentar o tom sempre provocativo do catálogo, ele simplesmente responde: “Não creio que seja assim, a não ser que entendamos a expressão provocativa como algo que provoca extremo prazer”.
Como diria Fernando Pessa 'E esta hein?!'
...
E o futuro?
O futuro... Bom, esse aos Deuses do Olimpo pertencerá!

FerdoS

domingo, 7 de fevereiro de 2010

It's your turn to be appreciated!


E se...
Numa galeria, num museu, a obra exposta fosse o visitante, o crítico, o estudante?!
Como seria sentir-mo-nos observados, criticados e até tocados?!
E se... Um Munch te ecoasse um grito?!
Ou... Um Botero te chamasse magricela?!
Ou... Um Lichtenstein te segredasse com ironia 'Cartoon'?!
Isto é... MARGS... 
É a tua vez de seres apreciado(a)!


Um excelente conceito, artisticamente falando, desta campanha para o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, em Porto Alegre, Brasil. 
Com o tema ” É a sua vez de ser admirado”, a campanha coloca a obra no lugar do espectador, para pedir donativos e convidando-o a ser um amigo do MARGS.
Uma ideia luminosa por este lado.
Mas, diz-me...e tu, apreciado(a) assim, o que farias?! 

FerdoS