sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mon Amour... Pompidou!



Se existe um Lugar que me eleva neste meu artístico levitar
ele está aqui! Ohhh...minha adorada cidade-luz!... Meu amado Paris multi-cultural!...
Bem no centro desta enorme metrópole, eis o meu Centre George Pompidou.
Mon Amour... Bien sûr.

 

De arquitectura Pós-Moderna ou verdadeiramente High-Tech, o seu nascimento para o novo mundo data de 1977, sendo baptizado com o pomposo nome de um ex-primeiro ministro francês. E digo-vos, ficou-lhe bem.

 

No seu precioso recheio alberga museus, bibliotecas, teatros, ateliers e, evidentemente, uma imensidão de obras de arte que nos satisfazem os sentidos, encantando desde o mais conservador critico de Arte, ao mais liberal visitante ou Belas Artes estudante.

 

Já o visitei por duas vezes, prolongado prazer neste explorar, e desejo novamente pode-lo revisitar. Desta vez, espero, sem deixar alguém à minha espera para um almoço partilhado e um pouco atrasado (Pardonnez-moi mon ami! lol).
Tanto e tanto para ver, para sentir, que seria injusto apenas alguns artistas nomear... Mas, posso-vos confidenciar, muitos dos meus favoritos, sim, estão Neste Lugar!

 

Sigo até ao terraço, visão privilegiada sobre Paris, o Nobre Sentir dá lugar ao Sorriso Universal e por breves instantes julgo ouvir na brisa que me abraça "Não nos atrasemos, pois temos um voo para apanhar!". Um arrepio recorda-me onde estou e...
"Au revoir Mon Amour."

FerdoS

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Riceboy Sleeps...



Jónsi e Alex...são eles os Riceboy Sleeps.
Um projecto, uma banda, um conjunto de formas de arte e instalações. De estranhas sensações e familiares emoções... Muito muito bom!
Encantam-me os seus quadros, as suas músicas, os seus vídeos, o seu Picture Book...
Ahhh!... Como eu adoro o vosso/meu Picture Book!
Utilizo-o sim, como forma de me inspirar (sorriso).
Um autentico achado, descoberto e logo adquirido no concerto dos seus gémeos e trancendentalmente divinos Sigur Rós, aquando a sua actuação no Campo Pequeno.



A sua forma de compor, de partilhar, de transmitir Esse Sentir, fazem-nos viajar algures entre a infância, que  temos sempre presente na boa memória, e uma outonal idade, essa mesma que nos dá tranquilidade e uma especial forma de saborear a essência da vida, o verdadeiro The Meaning of life, como diriam Terry Gilliam and Friends.

 

Poderia ter optado pelo belo 'Indian Summer', ou mesmo pelo flutuante 'All the Big Trees', mas como desta vez uma imagem vale mil sons, optei por uma sequência de imagens que me satisfaz o meu Heart and Soul.
Apreciem-no... Deliciem-se... Transcendam-se... Sintam-no... Intensamente!

FerdoS


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Retrato de Família de Abertura Fácil...


(  Retrato de Família de Abertura Fácil - 1994 - Colecção privada 6153 )
ϜSΣRRANΦ ©

E hoje...
Hoje apetece-me apenas Estar...
Hoje apetece-me apenas Ser...
Hoje apetece-me apenas Aquecer o meu coração e Viver!
Inspirado, talvez, numa viajada tela naif, talvez...
Inspirado, talvez, num retrato de familia, talvez...
...
Como é simples recordar esses primeiros traços, esses acordes de uma melodia que nos faz sonhar, pauta desenhada em breves e semi-breves, com colcheias e claves de sol a acompanhar...
Noutros tempos, noutro lugar...
Como é simples e ingénuo recordar.
'Naif Sensação!'... Podes crer!
...
Hoje apetece-me apenas imaginar como será um simples retrato familiar...
Hoje apetece-me apenas Estar...
Hoje apetece-me apenas Ser...
Só por hoje, assim me chamarei...
Retrato de Família de Abertura Fácil.

FerdoS

domingo, 29 de novembro de 2009

Zao Wou-Ki...




Zao Wou-ki no ocidente ou Zhao Wuji no oriente.
Nascido em Pequim no início dos anos 20 e aluno da Academia de Arte em Hangzhou, onde começou a estudar as técnicas de pintura a óleo.
Chegou nos finais de 40 a Paris, cidade onde aprendeu as técnicas de Litografia e descobriu o Mundo de Paul Klee, mundo este que o iria influenciar por toda a década de 50.
 Nessa época, Zao troca a sua arte figurativa pela lírica abstracta.
 Em 1953, projectou conjuntos e figurinos para o ballet A Pérola, de Roland Petit.



Informalista artista chinês, que pertenceu ao círculo de Henri Michaux, Alberto Giacometti, Joan Miró e Maria Helena Vieira da Silva.
As suas obras, abstractas e poéticas, combinam as influências da arte europeia e chinesa, marcadas pela estética ocidental da abstracção misturada com formas que lembram caracteres ortográficos orientais, o que lhes dá uma riqueza e singularidade única na Arte Contemporânea.
Citação que ficará gravada, será certamente quando Zao se dirigiu às obras de Cézanne e Matisse e as apelidou de 'Apaixonantes'!



Depois de uma ingressão aos E.U. da América, nos anos 60/70, regressa à sua China e cria um conjunto de pinturas a tinta, de acordo com a tradição chinesa.
 Em 1980 aceita o convite para leccionar na École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs.
Ao longo da sua extensa carreira recebeu os mais prestigiados prémios e honras pelos quatro cantos do mundo.
Conheci o seu trabalho em Paris, no Centre George Pompidou, e posso-vos afirmar que Foi Amor à primeira vista!
Sorriso Universal ;))

FerdoS

domingo, 22 de novembro de 2009

Pintar ou Escrever?... Esculpir ou Ensaiar?...



'Ser artista de vanguarda, ainda que de vanguarda em crise,  significa, em primeiro lugar, acreditar no conteúdo da verdade da arte. 
Isto é, acreditar que a arte expressa algo de essencialmente verdadeiro que não pode ser alcançado por outros caminhos. 
Em segundo lugar, significa acreditar que esse algo, uma vez revelado,  
possa mudar a relação entre as pessoas e as coisas.' 

( Lorenzo Mammi - Fragmento do texto "Nuno Ramos" 1994 )
 



...Não valerá a pena 'chamar' Shakespeare... Pois não!
Não será To Be or Not To Be... Não desta vez... Pois não!
Nuno Ramos é, também ele, inúmeros instantes de Criação!...
 Escritor, escultor, pintor, desenhista, cenógrafo, ensaísta, videomaker...
Nascido e criado em São Paulo, começa pela pintura em 1983.
Três anos depois, realiza as suas primeiras Instalações.
Vários trabalhos tridimensionais ir-se-iam seguir.
Emprega diferentes suportes e materiais, e trabalha com gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo.
Recebeu, em 2007, o Grand Award da Barnett Newman Foundation.



Passando pela Literatura, fresca fresquinha será a notícia do primeiro prémio arrecadado na Sétima Edição do PT Literatura 2009, com o seu livro Ó. Publicou, em 1993, o livro em prosa Cujo e, em 1995, o livro-objecto Balada.
Em 2002, publica o livro de contos O Pão do Corvo.

FerdoS

sábado, 14 de novembro de 2009

O Jardim Suspenso de Ébano...

( O Jardim Suspenso de Ébano - 1993 - 80x60 )
ϜSΣRRANΦ ©

Eternizando neste mundo global este meu
'O Jardim Suspenso de Ébano',
 deixemo-nos viajar com um pensamento Babilónico,
nesses jardins que apenas julgamos um dia sonhar,
e ouçamos uma melodia de tempos idos e vividos
onde o Ébano era apenas uma forma negra de estar.
Shiuuu... Deixemo-nos apenas embalar...

FerdoS

 ...
Creatures kissing in the rain
Shapeless in the dark again
In the hanging garden
Please don't speak
In the hanging garden
No one sleeps
In the hanging garden
In the hanging garden

Catching haloes on the moon
Gives my hands the shapes of angels
In the heat of the night
The animals scream
In the heat of the night
Walking into a dream ...

Fall fall fall fall
Into the walls
Jump jump out of time
Fall fall fall fall
Out of the sky
Cover my face as the animals cry
In the hanging garden
In the hanging garden
...
(The Cure)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dripping Pollock...




Sigo os seus traços harmoniosos, os seus pingos respingados,
o seu Abstracto Expressar...
Tal como ele, também eu coloco as telas no chão.
Tal como ele, também eu me faço sentir dentro desse quadro.
Não usava pincéis nem cavalete.
(Por momentos relembro o seu filme..que tanto me marcou!)
...
Bem-vindos a este Jackson Pollock!



Senhor da técnica de Dripping,
do Automatismo Pictórico, do Action Painting...
Pollock é uma referência na pintura pós-guerra de todo o mundo
e um dos artistas plásticos americanos mais influente
destes séculos XX e XXI.
Curioso imaginar que este universal artista americano
nunca chegou a saiu do seu país!



Personagem polémica e perturbadora, irrequieta e invulgar,
onde o seu mundo da arte é o inconsciente
e os seus signos são um prolongamento do seu interior.
Intenso sentir que o acompanhava,
e que o levaria a oscilar entre o prazer supremo e a escura depressão,
tranformando-o, por fim, num alcoólico. Enfim...
Recordemos então o grande Mestre Pollock!
Vénia, por mim, feita.

FerdoS

domingo, 25 de outubro de 2009

Enock Surreal...



Enock Surreal...
Sim, intitulei-o assim.
Talvez devido ao seu trabalho no crú pano,
talvez pelo seu ensino transcendental, talvez...
Silêncios interiores ou equilibrio das cores.
Imposição de mãos ou meditações em movimento.
So che siete!
Grande amigo e companheiro de 'viagens',
fossem elas centúrianas em espadas
ou poéticas em copas, mas sempre presentes e passadas...
Realidade irreal, pincelada num futuro crente...  
Sapere!




Dedicatória curta para um mestre-cavaleiro,
de tintas ou palavras, de forças e certezas,
que um dia ergueu o seu templo, o seu Acreditar,
bem no epicentro do amor que o iria encontrar.
Vero! 
Nas surreais ou expressionistas telas, nas páginas amarelecidas,
 na ponta de uma tesoura ou no gume de uma Gladius...Criemos!
Seja na Terra, no Ar, na Água ou no Fogo,
criemos o Quinto Elemento!
 E que o seu templo possa para sempre perdurar!
Grazie compagno per tutti i tempi. 

FerdoS



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Magrebinus Navegar...

( Magrebinus - 1996 - 80x60 )
ϜSΣRRANΦ ©

Percorramos Cartago ou Fez, Tripoli ou Constantina...
Vamos...
Por um instante...numa tela...nesta tela...Viajemos!
Sintamos as suas lendas, os seus contos, as suas Mil e Uma Noites...
Vistamos o Djellaba ou coloquemos o Keffiyeh...
Não é necessário um apressar...
Dirás que temos todo o tempo do deserto para nos abençoar...
Dirás...
Sim, escuto esse silêncio ancestral como escuto o burburinho
que julgo sentir ao entrar numa Medina antes do luar..
Pôr-do-sol...
Escuto... Observo... Sinto-te...
Num Derija de Magrebinus expressar, deixo-me navegar
por ondas de quentes grãos, longe do azul, longe do mar
e onde o céu me sussurra num arábico cativante
"Haaabibi..."
E nessa noite...com um cruzeiro pelo sagrado Nilo fui sonhar...

FerdoS

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Un Monsieur Moleskine...




Quem nunca viu ou possuiu este objecto sem nome?!...
Rectangular e preto. De cantos arredondados
e aconchegado num elástico na mesma cor.
Uma fita marcadora, interior ou exterior, uma bolsa expansível
no recheio e uma lombada costurada que permite que ele
permaneça plano enquanto aberto.
Produzido por um pequeno encadernador francês durante mais
de um século, este companheiro de viagem, de cruzada,
de esboços e anotações, de histórias e idéias, tornar-se-ia lendário.
O seu nome é devido a um tipo de tecido e...e que ele não possui!
Claro que me refiro ao adorado Moleskine.
Percorreu  as mãos e os sentires de artistas e poetas vanguardistas,
imortalizando-se com nomes como Van Gogh, Picasso,
Henri Matisse, André Breton, Ernest Hemingway,
Bruce Chatwin ou Louis Férdinand Céline.



Mas em 1986 a papelaria que os fornecia em Paris
cessou a sua distribuição, ficando-se a saber que o último
fabricante de moleskines, uma pequena empresa familiar
estabelecida em Tours, descontinuara a sua produção
naquele ano, após o falecimento de seu proprietário.
Por incrível que possa parecer a marca Moleskine
foi registrada oficialmente apenas em 1996, por uma
empresa italiana, e voltando a ser lançada dois anos depois.
Mais tarde, em 2006, um fundo de investimento francês
comprou a empresa italiana, voltando assim
o 'Rectangular preto' à sua pátria.
Hoje podemos encontrá-lo nas lojas da especialidade
e até nas grandes superfícies comerciais.
 Em jeito de rodapé, posso afirmar que o Moleskine é:
simples, elegante, bonito e inspirador, 'Un Monsieur' quase perfeito.
E, num esboçado sorriso, sim, também o tenho!

FerdoS



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Matóri... Mundo este... O seu!...



Fixemos este mundo!
Matóri... O seu.
Amigo de longa data. Amigo de grandes cruzadas.
Expos partilhadas. Primeiros passos trocados.
Amigo das Artes. Amigo meu.
Criou o seu próprio estilo, o seu traço, o seu marcar...
Pintura, poesia, música, escultura e até alquimia.
Senhor da Instalação!...
Relembremos as 'Estruturas para uma Revolução'...
Multifacetado e curioso em tantos saberes, como Leonardo.
O seu nome... Marco Dias.

 

Ainda recordo o seu primeiro grande dia...
O dia em que vendeu a sua mais bela tela,
a mesma que lhe consumiu dias, semanas e meses,
a mesma que ele garantiu tê-lo enfeitiçado!
A mesma que lhe deu bom dinheiro.
A mesma que na capital ficou.
Poderosa senhora que o aprisionou!
A partir desse dia ele renasceu...
...Acreditou...
...e o mundo Matóri apareceu.

 

Percorria a Serra-Mãe e, caminhando e colhendo no entender,
juntava flores, aromas e sabores,
e no almofariz criava as suas cores.
Alquimias inatas num passado presente.
Forte personalidade... verdadeira Alma de artista.
Perdeu-se no seu encontrar, voltou a viver e, mais tarde,
mais uma vez, voltou a desaparecer.
Como os seus criados guerreiros, voltará!
Acredito!
Caro amico... Cari amici...
Hoje, esta nova entrada, é para ti.

FerdoS

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Museu Guggenheim - Bilbao



Agosto. 2009. País Basco. Bilbau.
Sigo pelo meio, bem dentro do jardim, em passos apressados.
À direita tenho a ciclo-via, com skaters e patins alinhados.
Na minha esquerda o rio Nervión, a correr para o Cantábrico mar.
Impaciente, acelero o caminhar, olho para a frente e... Woow!
Não existe foto que se possa aproximar!
Contorno-o sem o brilho nos olhos apagar...
Espanto-me com a gigantesca aranha de Louise Bourgeois
e sorrio com o 'Cachorro' florido de Jeff Koons quase animado.
Tarjeta comprada e segurança apertada. Galerias a percorrer...
Carros suspensos no átrio ou toneladas de metal em espiral.
Colecções Guggenheim ou Instalações de Jenny Holzer.
Audios e videos no artisticamente ensinar.
Richard Serra e o seu The Matter of Time...

 


Mas, ao avistar figuras/esculturas em argila da China milenar,
o barco 'encontrado' e mais de quarenta peças diversas,
eis que surge o momento de supra-magia no ar!...
O destaque do museu, para o segundo e terceiro trimeste deste ano,
explorava o vocabulário visual e conceptual do grande Cai Guo-Qiang
e os seus quatro domínios: desenhos à base de pólvora de canhão,
 projectos de explosões, as instalações e os projectos sociais,
tudo acompanhado com uma grande vertente multimédia.
 Numa próxima vez debruçar-me-ei mais pormenorizadamente
sobre a obra deste grande artista chinês que foi o pilar da equipa
creativa que realizou a abertura dos Jogos Olimpicos de Pequim 2008!
Impressionado...deixo-vos com o nome da exposição a que assisti...
I Want to Believe!

FerdoS

 

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Maximizando Ernst...



Autodidacta e grande seguidor da corrente Surrealista,
da qual nunca se haveria de separar completamente,
o pintor e escultor alemão Max Ernst acaba por seguir o Dadaísmo,
(movimento non-sense criado na Suiça por escritores e artistas)
sendo fundador do grupo Dada em Colónia.

 

Além de pintor e escultor, este estudante de Filosofia e Psicologia
também se dedicou à poesia e arte gráfica,
sendo o criador de duas técnicas que ficariam conhecidas
como Frottage e Grattage, ambas ligadas ao Surrealismo.

 

 Muda-se para França e após a ocupação desta,
em plena Segunda Grande Guerra,
Ernst é perseguido pelas forças Alemãs e foge para os E.U.América
com a ajuda de Peggy Guggenheim, coleccionadora e futura esposa.
Este novo mundo inspira-o no emergente movimento pós-guerra
conhecido como Expressionismo Abstracto.
Acabaria por regressar e falecer em Paris.

 

Tive a felicidade de ver um pouco da sua abrangente obra em Paris,
mais própriamente no Centre George Pompidou em 1998,
tendo sido dedicada uma das enormes salas ao seu vasto trabalho.
Já conhecia anteriormente a sua obra e ao contemplar a sua mestria
ao vivo, garanto-vos que fiquei deliciosamente fascinado!
Um dos meus Eleitos, sem dúvida!

FerdoS

 


E o Outono chegou...

( Outono - O Fim - 1991 - 50x35 - Colecção privada 9415 )
ϜSΣRRANΦ ©

E o Outono chegou!
Embora seja uma estação que muito me agrada,
sentindo o entranhar criativo da inspiração divina,
sei que muitos a associam ao isolamento e angústias da vida mundana.
Relembro apenas que muitos de nós desejam renascer,
desejam começar tudo de novo,
como uma Fénix procurada e, por vezes, por encontrar...
 E, pergunto eu, existirá melhor estação para que isso possa acontecer?
Ao contrário deste 'Outono - O Fim',
(do 'longínquo e verde' ano de 1991 e coberto de óleos sobre azulejo)
ele deverá ser para os descrentes a estação desse pássaro renascer e,
para os criativos, a estação do mais inspirado saber.
Relembrando sempre que...
 "E Criar é Saber esse Sabor de mais longe Chegar"

FerdoS

domingo, 11 de outubro de 2009

Klimt... Meu Beijo Teu...



 Associado ao Simbolismo e ao movimento Art Nouveau,
este sangue boémio e nato vienense,
iniciou-se por uma primeira fase Histórico-Realista,
onde se fundiam a realidade e a ilusão.
Além de telas,
dedicou-se anteriormente à pintura de painéis decorativos,
murais e ilustrações para a revista que ajudou a fundar.
Envolto na sua austríaca loucura
criou alguns dos mais belos quadros
na viragem do século XIX para o século XX.
Nos seus últimos trabalhos, Gustav Klimt,
assume-se claramente um seguidor da Arte Erótica.
Para sempre ficarão inúmeras obras,
como é o caso de 'A Árvore da Vida'
e destacando-se entre elas a sua obra-prima,
refiro-me obviamente ao seu 'O Beijo'.
 Beijo este que dedico a ti.
 TSK

FerdoS

 

Alquimias Reveladas...

( Alquimias Reveladas - 1996 - 80x60 )
ϜSΣRRANΦ ©

Sendo ela a Medicina Universal,
a Arte Hermética ou a busca da misteriosa Pedra Filosofal,
hoje a Arte Real passou de uma ciência oculta
para uma ciência que coabita com os mais galardoados cientistas
e as mais famosas instituições,
refiro-me obviamente à Alquimia.
Alquimias Reveladas que, sem coincidências,
rima com muitas vidas passadas.
Sorrimos, mais uma vez, ao pensar em Leonardo.
Com tintas e cartões, pós e apáras de madeira,
vernizes, arames e outras poções,
lá voltamos nós ao mundo das grandes questões.

FerdoS

Encontro com Tapies...



Referência para mim e senhor de deliciosas texturas,
começou a sua carreira por copiar obras de Picasso e Van Gogh.
Com uma enorme mestria na pintura e colagens,
utilizando os mais diversos materiais,
como corda, papéis, pó de mármore, mobiliário ou roupa,
o catalão Antoni Tapies percorre as correntes do Surrealismo,
do Informalismo Europeu e da Arte Povera.
Correntes que também identifico em mim.



 Em 1990 inaugura a sua Fundação Antoni Tapies em Barcelona,
local que tentei visitar em 2008,
mas encerrado estava, em obras constatei.
'Reencontrei-o' novamente no George Pompidou pouco tempo depois,
não trocámos palavras, nem gestos de afeição,
mas senti o seu sentir e o momento foi de enorme satisfação.
Voltarei brevemente para uma nova tentativa.
Promessa feita!

FerdoS


sábado, 10 de outubro de 2009

Ter-me-ei esquecido de algo?!...

( Amnésia 1993 - 120x80)
ϜSΣRRANΦ ©

 Fixo este quadro!
Hummm...
Não é tela e, não me parece pintado!
Parece-me estranhamente familiar,
como se o tempo o me pudesse apagar.
Toco-lhe...
Suavemente de mim, rugosamente de si.
Sinto-o.
Relembro uma frase que consigo associar
'Mármore em pó e vernizes a entranhar'
Hummm...
Identifico esse momento, essa forma de expressar.
Recordo essa criação e o prazer da sua finalização.
Sim, afinal não era fácil o seu nome chegar,
pois Amnésia não é boa palavra para se lembrar.

FerdoS

Mestre Leonardo...



Poderia parecer estranho aos mais desatentos
que eu pudesse escolher como minha primeira homenagem
O Mestre Leonardo Da Vinci,
 seria estranho aos desconhecedores dos dons deste homem
e poderia ser estranho também a quem não me conhecesse!
Pois bem, além de um dos maiores pintores de todos os tempos,
também era escultor, compositor, poeta e cozinheiro.
Artista multifacetado em toda a sua plenitude.
Erguendo o cálice ao seu génio universal, relembro ainda,
que se distinguiu como inventor, engenheiro, arquitecto, matemático,
físico, astrónomo, geólogo, cartógrafo e anatomista.
Não vou aqui descrever toda a sua biografia,
pois basta um click no Gran Canal Virtual... Et Voilá!
Referência notável e inspiração quase divina no saber e no conhecimento!
Obrigado Mestre, por depositares em nós um pouco de ti.
Sim... Ele O É!

FerdoS

 

Como o Rio que Corre...


( Azul Profundo - 2006 - 80x60 )
ϜSΣRRANΦ ©

Como o rio que corre, que serpenteia pedra após pedra,
que ano após ano percorre o seu caminho,
o de sempre, da nascente até à foz,
assim é este meu Azul Profundo.
Uma estranha sensação de infindável dedicação,
de enigmas e símbolos que um dia julguei encontrar-lhes uma razão.
Sorrindo na alma e escutando o coração,
julgo ter encontrado em mim o seu motivo
e certamente a sua procurada e desejada conclusão.
Que assim seja... minha inspiração!

FerdoS